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Os sinais de trânsito podem parecer iguais a quem por eles passa, mas ao olho de um fabricante são demasiado óbvias as imperfeições de muita da sinalização nas estradas portuguesas.
Paulo Danões é encarregado da sinalização vertical de uma empresa portuguesa que fabrica sinais de trânsito e partilhou com a Agência Lusa alguma da sua “arte”.
“Fazer um sinal é como fazer um puzzle”, disse, contando que os mais comuns são os informativos, ou seja, os que indicam ao condutor o que o espera nas estradas portuguesas.
Neste puzzle tudo conta: o material utilizado, a sua capacidade para ser visto o mais longe e pelo maior número de pessoas possível, as dimensões ou o tipo de letra.
“Há painéis de várias cores e com vários tipos de letra que nem sempre respeitam as normas em vigor”, disse.
Segundo Paulo Danões, um sinal bem feito é aquele que apresenta qualidade e segue as normas e as características dos cadernos de encargos.
Apesar de serem muito poucos os novos sinais que vão surgindo nas estradas portuguesas, ainda se vão registando algumas novidades. Um exemplo são os que terão em breve de estar colocados antes das gasolineiras a informar o preço dos combustíveis e a que distância estas se encontram.
Um verdadeiro desafio, uma vez que estes sinais são de grande dimensão e exigem um espaço vazio que será preenchido com os vários preços, que podem mudar de dia para dia.
Em média, um sinal destes ronda os 25 metros quadrados. Nada de mais para Paulo Danões que recentemente fabricou um sinal com mais de 40 metros quadrados, o qual seguirá em breve para a Ilha Terceira, nos Açores.
Os sinais mais frequentemente produzidos têm, contudo, dimensões bem mais reduzidas.
Os mais comuns têm 62 centímetros de diâmetro e destinam-se a informações sobre prioridades, cruzamentos, sentidos proibidos e outros igualmente orientadores.
Em média, um destes sinais custa entre 20 a 25 euros, preços para o dono da obra que precisa de sinalizar as vias ou acessos
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