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Má sinalização contribui em "larga escala" para atropelamentos
A Associação Portuguesa de Sinalização e Segurança Rodoviária alertou, esta quarta-feira, para o estado degradado da sinalização nas estradas municipais, o que contribui "em larga escala" para os acidentes rodoviários e atropelamentos.
A propósito da II Semana Mundial de Segurança Rodoviária das Nações Unidas, dedicada à segurança dos peões, a Associação Portuguesa de Sinalização e Segurança Rodoviária (AFESP) chama a atenção para "a falta de conservação, ausência e deficiente localização da sinalização", quer das marcas rodoviárias, quer dos sinais de trânsito.
Em declarações à agência Lusa, a secretária-geral da AFESP, Ana Raposo, afirmou que uma má sinalização contribui "em larga escala para os acidentes rodoviários e sobretudo para os atropelamentos."
Como exemplo, referiu a má localização das passadeiras, falta de conservação e de sinais de trânsito que indiquem a aproximação deste equipamento.
"A sinalização piorou e está a piorar cada vez mais, não só nas estradas nacionais, mas sobretudo nas municipais", disse, adiantando que "a rede municipal não tem sido objeto de conservação".
Ana Raposo sustentou também que "as vilas, cidades e aldeias estão em situação de sinalização absolutamente degradada", situação que com a crise tende a piorar.
Nesse sentido, a associação apela aos decisores públicos e gestores das vias para lançarem um conjunto de medidas a "baixo custo" e que podem contribuir para a diminuição de acidentes e atropelamentos.
"As passadeiras precisam de sinalização e de estar visíveis, precisam de ser pintadas com material que seja visível, precisam de ser conservadas continuamente, essa conservação é barata", afirmou, acrescentando que a sinalização representa um por cento no custo total de uma obra de estrada.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em Portugal morrem ou ficam gravemente feridos mais de 600 peões por ano.
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