AFESP comenta junto dos OCS o relatório da ANSR sobre pontos negros
No seguimento do relatório publicado esta quarta-feira pela ANSR que identificou 60 pontos negros nas estradas portuguesas em 2018, mais 10 do que em 2017, verifica-se que o IC19 que liga Sintra a Lisboa, lidera as vias mais perigosas ao apresentar nove pontos negros.
Desde sempre a AFESP se tem manifestado junto dos membros dos vários governos, por escrito e presencialmente, com enorme preocupação pelo estado de manutenção e conservação da sinalização, sistemas de contenção e balizagem nas estradas nacionais, sendo urgente uma intervenção sobre todos eles, porque na sua grande maioria não cumprem a função e não possuem a performance adequada ao cumprimento dos requisitos mínimos necessários ao utilizador e não cumprindo com as melhores práticas e os normativos nacionais e europeus.
Sem que sejam visíveis as marcas (chamadas pinturas) no pavimento, que deviam guiar e orientar os condutores, bem como a ausência de performance que provoca uma leitura deficiente dos sinais verticais e dos painéis de indicação, é evidente que os condutores não podem ajustar a condução às circunstâncias da estradas e tomar em tempo útil as corretas decisões que possam minimizar riscos.
Os equipamentos de segurança rodoviária como guardas metálicas estão frequentemente danificados, constituindo por vezes uma verdadeira ameaça e os sistemas/atenuadores cuja função é amortecer choques, estão danificados há anos o que representa um acréscimo elevadíssimo de perigo para quem circula.
Ao invés do que era expectável, as questões da segurança rodoviária ficam eternamente por resolver e os números falam por si!
Há uma falsa modéstia no reconhecimento das autoridades de que a má conservação das estradas são um factor de acidente, sendo que no entanto nada é feito para alterar este estado de coisas.
A sinalização piorou e está a piorar cada vez mais, não só nas estradas nacionais, mas também nas municipais, pois toda esta rede não tem sido objeto de conservação.
A AFESP apela aos decisores públicos e gestores das vias para lançarem um conjunto de medidas de baixo custo que possam contribuir para a diminuição de acidentes e atropelamentos em particular, e sobretudo mitigar as terríveis consequências.
O sistema de sinalização não só tem que ter a performance adequada, mas nunca por nunca deve constituir um obstáculo perigoso por si mesmo, por falta de conservação ou adequação. Não nos surpreendemos, embora nos entristeçam, os resultados apontados no referido relatório.
Se nada for feito no próximo ano os resultados serão novamente piores!
AFESP comenta junto dos OCS o relatório da ANSR referente às vítimas a 30 dias no ano de 2018
O recente relatório de sinistralidade rodoviária da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), referente às vítimas a 30 dias no ano de 2018, confirma o que a AFESP há anos vem dizendo sobre a falta de investimento em sinalização e segurança rodoviária: O Estado - quer a Administração central quer a maior parte da local – autarquias, não tem revelado preocupação com esta questão e porque não quer ou não pode investir devidamente, “vai dando umas aspirinas à rede rodoviária que apresenta um quadro clínico gravíssimo”.
Temos assim um património valiosíssimo onde se investiram milhões e milhões de euros dos contribuintes em construção nos últimos 30 anos, maioritariamente degradado, especialmente quanto ao estado da Sinalização e equipamentos de Segurança Rodoviária, causa direta do aumento da sinistralidade rodoviária nas estradas portuguesas.
Os números dados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) sobre 2018 revelam que, desde 2012, não morriam tantas pessoas em acidentes rodoviários. No ano passado, morreram 675 pessoas. Estamos de facto perante um grave problema de saúde pública a que não se pode virar costas.
É urgente a conservação das vias e a aplicação de sinalização visível e eficaz para os utentes, de modo que os erros e falhas provenientes de fatores humanos sejam acautelados e mitigados pelos equipamentos de segurança, minimizando as consequências dos acidentes.
A Sinalização enquanto elemento orientador do utente não deve ser mais um contributo para a insegurança, isto é, o sistema de sinalização não deve constituir um obstáculo perigoso por si mesmo, por falta de conservação ou adequação.
As pessoas cometem e vão cometer sempre erros e a estrada deve perdoar. Como? Evitando ou minimizando as consequências do acidente. A estrada tem de ser amiga do utilizador...A segurança deve estar sempre primeiro. O Estado tem de facto deveres, para com os utilizadores/condutores que pagam muitos impostos relativos ao uso da infraestrutura. O dinheiro gasto em segurança não é uma despesa, é um investimento.
A adequação, a performance e a conservação dos equipamentos de Segurança, são uma fatia decisiva desse investimento, para evitar mortes na estrada.
VIII SEMINÁRIO AFESP
Instituto Politécnico de Leiria, 21 de Novembro, 2019
Em Novembro será publicado o Plano formativo para 2020, onde se destacam as seguintes formações profissionais certificadas:
Uniformização de critérios das inspeções e medições às marcas rodoviárias
Cinemometria e Cinemometros
Materiais Retrorrefletores e Visibilidade em Zona de Obras - 3M
Apesar dos inúmeros avanços no sector rodoviário, veículos autónomos, estradas inteligentes, comunicações veículos-via, as zonas de obras continuam a constituir um risco e a ser uma das maiores ameaças para a segurança viária, dado o imprevisível da situação e a dificuldade em a mapear.
É por isso que a sinalização correta e materiais de maior visibilidade são fundamentais para a referenciação em zonas de obras.
Os troços em OBRAS são a principal causa para que um condutor se possa encontrar numa situação imprevista.
Estas situações obrigam a reduzir subitamente a velocidade e implicam um risco hipotético de:
Travagem súbita
Choques e colisões
Saídas da estrada devido a guinadas
Colisão contra um obstáculo ou elemento da via
Atropelamento de pessoas (trabalhadores da zona de obras)
E um dos perigos mais graves, implícito na zona de obras, é aí existirem trabalhadores, pelo que um acidente nestas circunstâncias não coloca apenas em risco os próprios condutores que circulam na via, como também os trabalhadores da própria obra.
Experiência em Espanha
É tão relevante a sinistralidade em troços em obras que dos 20 tipos de acidentes categorizados pela DGT, 5 podem ocorrer numa zona de obras.
Na 3M, trabalhamos há mais de 50 anos em Segurança Viária e a aplicar a nossa I+D no desenvolvimento de novas tecnologias e materiais retrorrefletores que forneçam aos sinais de trânsito uma melhor visibilidade, garantindo, deste modo, a segurança e minimizando o perigo nas estradas, tanto para os condutores e passageiros como para os trabalhadores na via.
Materiais Retrorrefletores e tecnologia microprismática
A utilização de materiais retrorrefletores cuja classe de retrorrefletância se adeque à situação de visibilidade em que nos encontramos, de materiais largamente testados, já que vão estar expostos às intempéries de forma prolongada e contínua, têm de garantir uma durabilidade adequada, assegurar tanto a visibilidade diurna, como a noturna. Tudo isso, juntamente com o estudo das características do troço que tem de ser sinalizado, como a localização dos sinais, o efeito da sujidade, a poluição luminosa, faz com que o projeto de sinalização seja concluído com êxito, contribuindo desse modo para a melhoria da Segurança Viária e para a redução da sinistralidade na estrada.
A Retrorreflexão é uma propriedade da visibilidade noturna; consiste no retorno da luz dos faróis do veículo, através da reflexão produzida na película retrorrefletora.
Em zonas de obras devem ser utilizados os materiais que nos garantam a maior retrorreflexão, tendo em conta todas as condicionantes da zona.
Com a tecnologia microprismática foram conseguidos níveis de retrorreflexão que atingiram os 60% de luz refletida (DGCubo NIII, Microprismas)
A Fluorescência é uma propriedade da visibilidade diurna, baseada na absorção de luz de comprimentos de onda mais curtos e na emissão de comprimentos de onda mais longos.
Os sinais de trânsito fabricados com Películas Retrorrefletoras Fluorescentes terão uma boa visibilidade diurna e noturna, tornando-os mais apelativos e, por consequência, ideais para efetuar uma sinalização especial, como pode ser, neste caso, a sinalização de uma zona de obras.
Neste sentido, as recomendações de utilização destes materiais são colocadas de duas formas:
O efeito Porta
Marcar os sinais de código mais críticos com material fluorescente
Balizagem e sinalização temporária
A utilização de materiais Retrorrefletores na estrada não se limita ao fabrico de sinais de trânsito, mas também abrange elementos de balizagem e sinalização de pavimentos.
Um dos principais riscos nas obras é a convivência de marcas rodoviárias temporárias, correspondentes à nova situação da via, com as marcas permanentes, válidas antes do início da obra.
Por isso, a Instrução de Estradas do Ministério para a sinalização de Obras em Espanha é a seguinte: 8.3-I.C, exige que os materiais a utilizar na marcação de pavimentos deverão poder ser eliminados no final das obras sem alterar a superfície da estrada, devendo ser utilizadas para isso, marcas «adesivas e amovíveis» quando a marcação é realizada sobre pavimento definitivo.
A 3M completa o seu catálogo de produtos para a estrada com marcadores, películas para a marcação de segurança e de identidade corporativa em veículos de serviços de emergência e conservação de estradas.
Definitivamente: trata-se de dotar a estrada de uma maior segurança, especialmente em situações tão imprevistas e com tantos riscos, como as zonas de obras.
Esta segurança é obtida proporcionando uma boa visibilidade aos elementos de sinalização, através da utilização de materiais retrorrefletores, para que o condutor os possa detetar, ler e interpretar com tempo suficiente para poder realizar manobras de forma segura.
Quanto mais avançarem as tecnologias com vista a dotar as estradas de inteligência, mais necessária se tornará a visibilidade dos elementos de trânsito, que irão servir de suporte a toda essa tecnologia.
Temos de satisfazer as necessidades dos condutores atuais e as exigências das novas estradas do futuro e isso apenas se consegue com a execução dos melhores planos de sinalização e com a utilização dos melhores produtos.