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26-04-10

 
 

Sinalização reduz até 30% os acidentes na estrada

 
 

O estudo da Associação Portuguesa de Fabricantes e Empreiteiros de Sinalização, divulgado há quase um ano, revelava que mais de metade das estradas portuguesas estavam mal sinalizadas. Essa realidade mantém-se? Se sim, quais os grandes problemas. Não é possível afirmar que as Marcas (na rede EP) estão nesta altura piores ou melhores do que há um ano. Só com outro estudo idêntico ao que fizemos poderíamos tirar conclusões válidas. Recordo que após a realização do estudo, a EP arrancou com 2 grandes empreitadas que ainda decorrem, precisamente com o objectivo de melhorar o estado das Marcas. Não sabemos até que ponto os trabalhos já realizados no âmbito destas 2 empreitadas sanaram as deficiências detectadas no nosso estudo. Também se pode referir que, como o Inverno foi bastante rigoroso, é provável que o estado de conservação de algumas marcas se tenha deteriorado um pouco mais.

a sinalização temporária, por exemplo por causa de obras, motiva muitos acidentes? Não devia se for bem colocada. Antes pelo contrário: A Sinalização Temporária tem como objectivo salvaguardar a segurança dos utentes e dos trabalhadores quando existam situações anómalas na estrada (obstáculos ocasionais como acidentes por exemplo e trabalhos de manutenção e conservação). Para manter o fluxo do tráfego com a menor interferência possível a sinalização temporária deve:

Informar os condutores da existência do obstáculo;
Levá-los a alterar o seu comportamento, adaptando-o ás circunstâncias;
Guiar os condutores ao longo da zona afectada;
Informá-los do fim da anomalia.
Naturalmente que se os sinais forem de má qualidade estes não cumpram os seus objectivos, nomeadamente avisar devidamente o condutor dos obstáculos que o aguardam.

Qual a melhor estratégia para reduzir os atropelamentos? Melhoria da sinalização de passadeiras, sucessiva repintura e manutenção das que já se desgastaram ou desapareceram, melhoria dos dispositivos de contenção de velocidade e amortecimento, adequado ordenamento do tráfego através dos adequados dispositivos de balizagem e encaminhamento dos veículo, nomeadamente guias de balizamento móvel que, além da função organizativa, funcionam como mecanismos passivos de redução da velocidade, prevenindo atropelamentos ou diminuindo a gravidade quando ocorrem. Além disso, temos os pavimentos especiais, tais como pavimentos tácteis de auxílio aos peões portadores de deficiências visuais ou os pavimentos anti - derrapantes que facilitam a aderência à estrada, reduzindo as distâncias médias necessárias para a travagem.

O facto da população portuguesa estar cada vez mais envelhecida pode vir a exigir sinalizações mais visíveis e luminosas? É um facto. Mais de 90% da informação destinada ao condutor é transmitida pela visão, razão pela qual a importância da informação visual é evidente. Nas situações de condução com deficiente visibilidade (noite e condições meteorológicas adversas), o condutor vê melhor as marcas rodoviárias do que a estrada. A uma velocidade de 90 km/h, as distâncias de visibilidade (distância de segurança que permite ao condutor percepcionar o meio envolvente) são de dois segundos para 50 metros, 3 segundos para 75 metros e de cinco segundos para 125 metros. Ora, à medida que aumenta a população envelhecida, há maior número de condutores idosos a conduzir e a percepcionarem pior a estrada, embora a perca relevante de acuidade visual se verifique já a partir dos 35 anos. Nestas circunstâncias, é absolutamente fundamental que todo o tipo de sinalização se adeque a esta realidade e a solução está na utilização de materiais e níveis adequados de retrorreflexão, quer nas marcas rodoviárias quer nos sinais de trânsito, pórticos e demais equipamentos.



4 – Os limites de velocidade deviam ser revistos? A sinistralidade tem origem em muitos factores que intervêm na circulação rodoviária. A sinalização na infra estrutura é um deles. Não nos ocupamos dos outros, nomeadamente a componente humana e as medidas legislativas acerca da revisão da velocidade. O que podemos dizer é que de entre todos os componentes que influenciam a sinistralidade a melhoria da sinalização é a única medida de baixo custo, rápida, fácil de implementar a sinalização e de retorno a curto prazo.


O programa de redução da mortalidade e da sinistralidade está a dar resultados? Essa questão terá que ser colocada às entidades competentes que detêm dados objectivos sobre a matéria. Podemos assegurar que adequada sinalização reduz em cerca de 20 a 30% os níveis de sinistralidade.


 
     
   
     
 

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