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Portugal é um dos únicos países entre 15 Estados-Membros da União Europeia que não possui dados sobre acidentes nas estradas em trabalho, segundo revelou o estudo Sinistralidade Rodoviária Laboral, apresentado esta quarta-feira.
As conclusões da análise, divulgadas na conferência Desafios para o Futuro Prevenção Rodovária em Portugal, demonstram que no País não há qualquer dado estatístico sobre a sinistralidade rodoviária no trabalho e a sua prevenção, a par da Grécia.
Segundo o autor do estudo, Alberto Silveira, é necessário apurar-se o valor real dos números, visto as consequências económicas serem muito elevadas.
O estudo indica ainda que a condução na estrada em situação de trabalho pode ser vista como um novo risco emergente.
A ausência de recolha de dados e do seu registo a nível nacional é o maior obstáculo para o conhecimento que é necessário ter para a acção preventiva, defendeu o investigador e especialista da área da segurança e saúde no trabalho.
A análise, que salienta o atraso de Portugal nesta área, indica ainda que é muito preocupante que o Estado invista apenas na fiscalização.
Alberto Silveira comparou, no entanto, dados de sinistros em trabalho participados à companhia de seguros Tranquilidade entre 200 e 2007, concluindo que no trajecto de ida e volta do local de trabalho, as mulheres têm mais acidentes do que os homens.
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